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Automutilação Digital, o lado "dark" das redes sociais

A "nova onda" em meio aos adolescentes hoje, após o episódio da "baleia azul", que tanto preocupou os pais, é a automutilação digital, ou seja, a prática de enviar mensagens abusivas para si mesmo na internet. O fato vem preocupando pais, educadores e profissionais, que estão ligados a essa nova geração, entre a faixa etária de 12 a 17 anos.

A tendência iniciou-se nos Estados Unidos e culminou em um estudo científico, entre 5 mil estudantes do fundamental e do ensino médio. A pesquisa menciona que 1 em cada 20 jovens já a praticou e que estes adolescentes, de alguma forma, possuíam históricos de uso de drogas, sintomas depressivos e anteriormente já praticavam automutilação física. Este estudo foi publicado na revista Cientific Journal of Adolescent Health (jornal científico multidisciplinar, que busca publicar novos resultados de pesquisa no campo da medicina e da saúde dos adolescentes).

Leia mais sobre o assunto: Journal of Adolescent Health - Elsevier


Os motivos citados pelos jovens nessa amostra apontam baixa autoestima, busca por atenção, depressão, desejo de disputar reação nos outros. Qualquer avaliação demanda uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos e psicólogos.



A grande maioria dos pais, não percebe que seus filhos estão praticando estes atos, alguns ligados também à automutilação física, provocando cortes nos braços e pernas, com lâminas de barbear, canivetes e, às vezes, com lâminas dos apontadores, conhecido pelos jovens como “cutting”.



Não podemos achar que isso é uma bobagem dos adolescentes, mas perceber aqui que o gatilho principal está relacionado à busca de atenção e apoio.




Tratam-se de comportamentos distintos, porém, de uma forma geral, estão relacionados a questões emocionais, às vezes em jovens com dificuldades de se relacionar, ansiosos, depressivos, etc. A automutilação física e mesmo a automutilação digital, segundo os psiquiatras, na grande maioria das vezes não apresenta intenção direta de suicídio, mas sim a intenção de acabar com o sofrimento emocional - não com a própria vida - e está sim relacionado com a dor psíquica.


Preocupado com esta "nova tendência", a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, em setembro/2017, um projeto de lei que torna crime induzir jovens à automutilação, por qualquer meio, inclusive salas de bate-papo. Isto já representa um grande avanço, pois poderão aqui ser alcançadas pela lei, pessoas envolvidas em jogos eletrônicos de desafios macabros, que incitam qualquer jogador a automutilação ou ao suicídio.



Como a melhora do quadro trata de estabilizar o comportamento de automutilação, os componentes presentes tanto na mutilação física como na digital, segundo Dr. Diego Tavares, médico psiquiatra e pesquisador do grupo de estudos de doenças afetivas (GRUDA), dizem respeito ao tratamento com estabilizadores de humor com propriedades anti-impulsivas, assim como com anti-depressivos, seguidos, concomitantemente, de psicoterapias.

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