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Prevenção ao Suicídio



O suicídio é um problema sério e crescente de saúde pública mundial e que atinge silenciosamente uma grande parte da população. A estimativa é de que a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida e as taxas de tentativas são ainda maiores que as próprias mortes, o Brasil é o oitavo país em número de casos.


Devemos ficar atentos para essa triste ocorrência e uma das maneiras de prevenir a situação é enxergar principalmente a pessoa suicida como um ser único e tentar entender suas várias motivações para tal comportamento.


Podemos dividir em três fases o comportamento suicida:


- a ideação/o pensar no suicídio;

- a tentativa e;

- o ato em si.


A pessoa que pensa em tirar a própria vida, acredita realmente que não há soluções para seus problemas, porém ela pode dar sinais de desequilíbrio e podem favorecer os pensamentos, que incluem: problemas amorosos ou familiares, como uma perda de um ente querido, brigas e discussões frequentes, não ter espaços para expressar suas emoções, não sentir-se amado e compreendido, entre outros, tudo isso pode aumentar suas angústias e levar a ideias suicidas.


A depressão, seus sentimentos profundos de solidão e tristeza e a sensação de que esse sentimento não tem solução, podem levar como única forma de acabar com sofrimento.


O bulling leva a vítima eventualmente ao sentimento de insegurança e angústia, quando os valentões (bullies) denigre a imagem ou até mesmo agridem fisicamente a vítima (bully), isso pode também aumentar o risco de ter pensamentos suicidas.


Uso de drogas ou álcool também favorece o suicídio, em sua maioria acontece como forma de “esquecer” os problemas.


Quando o indivíduo passa por um momento de angústia ou frustração, muitas vezes seus pensamentos são suicidas.


O diagnóstico de doenças consideradas graves ou debilitantes, onde algumas pessoas podem ficar mais angustiadas, refletindo somente um lado negativo.


Outro ponto que podemos levantar são as vítimas de abuso sexual e maus tratos, a pessoa pode sentir-se encurralada e não consegue lidar com a dor e com o passar do tempo fica mais angustiada e deprimida.


O suicídio é um fenômeno composto de numerosos elementos interligados e multi fatorial, recomendável que não seja analisado em uma única perspectiva unicausal.


Entre os vários fatores envolvidos no risco de suicídio, a literatura aponta sobre “o contágio ou efeito Werther (O sofrimento do jovem Werther- 1774), O caso foi usado para nomear quando ocorre um aumento do número de casos de suicídio depois de um episódio amplamente divulgado. Este fenômeno pode exercer importante impacto sobre as pessoas vulneráveis. É recomendável que a mídia seja envolvida de maneira a prevenir, as ações preventivas colaboram para evitar a disseminação de conteúdo pro suicídio e o “efeito contágio”.


Outra atuação de apreço são os profissionais da saúde, os médicos da mente, os psicólogos e psiquiatras. Com diferentes atuações, mas de suma importância para o acompanhamento e tratamento. O psiquiatra com a parte medicamentosa e os psicólogos com o acompanhamento psicoterápico. O objetivo da terapia, relatados pelos grandes teóricos, Perls. Hefferline e Goodman (1997) é superar a solidão, restaurar a autoestima e realizar a sintonia da comunicação.


Enfatiza-se aqui a necessidade de explorar os pensamentos e sentimentos, afim de que os pacientes possam comunicar verdadeiramente aquilo que precisam.


Há necessidade do manejo psicoterápico ser dividido em três fases de conduta: a primeira fase perguntar e explorar, nesta fase deve-se ouvir atentamente o problema que o findar da vida resolveria, reconhecendo a ideia, levantando os reais fatores de risco; a segunda fase compreender, confirmar e acolher com o objetivo de entender o ato suicída, explorando, acolhendo sentimentos e pensamentos, se possível envolver a família; e a terceira encaminhar e acompanhar, o objetivo aqui é compartilhar a preocupação com o cliente, encaminhar, envolver, orientar e direcionar o paciente, a família e outros profissionais que poderão ajudar.


O importante é ficar atento aos sinais, mudanças de humor, agressividade, uso de frases que possa sugerir suicídio, todo comportamento suspeito deve servir de alerta. Porém vale ressaltar ainda que identificar os sinais não é suficiente, por isso é muito importante buscar ajuda profissional e assim poder encaminhar para a minimização dos pensamentos de tirar a vida.


Fortalecer o vínculo afetivo com a família e amigos, além do apoio dos profissionais, pode ajudar e muito uma pessoa com pensamentos suicidas, melhorando assim o bem-estar e qualidade de vida. Além disso, é possível acessar o C. V. V. (Centro de Valorização da Vida) 188 fica disponível 24h e tem objetivo a prevenção e a realização do apoio emocional.



Escrito por Ludmila Santoro - Psicóloga e Psicopedagoga

Contato: (11) 96791-7483

Instagram/ Facebook @psicologaludmilasantoro



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